A técnica de Ozaki representa um avanço relevante na cirurgia valvar aórtica, ao permitir a reconstrução da válvula com pericárdio autólogo, tecido retirado do próprio paciente. Diferente das próteses convencionais, essa abordagem biológica preserva a dinâmica natural da valva, sem necessidade de anticoagulação crônica.
O procedimento consiste na confecção artesanal de três folhetos valvares, moldados com base em medidas anatômicas precisas, proporcionando ajuste individualizado e funcionamento hemodinamicamente eficaz. Estudos indicam excelente desempenho funcional da válvula reconstruída, com baixa incidência de reoperações e bons resultados em médio prazo, inclusive em pacientes jovens.
Além disso, a técnica tem se mostrado promissora na redução de complicações tromboembólicas e infecções protéticas. A Ozaki oferece, portanto, uma alternativa viável e segura à substituição por próteses mecânicas ou biológicas industrializadas, especialmente em perfis que priorizam qualidade de vida e menor interferência medicamentosa. Sua aplicação requer equipe experiente e infraestrutura adequada, refletindo o avanço da medicina personalizada na cirurgia cardíaca.
ICCA – Instituto de Cirurgia Cardíaca de Goiânia
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